Despedidas

Eu tenho medo de olhar em teus olhos E ver o quanto falam por você Devagarinho uma lágrima inimiga Rola em teu rosto atrás de um buque Vem um silêncio e não se tem resposta O coração em parafuso chora De repente um dos dois fala baixinho Não fique assim, vou ficar bem, chegou a hora Ai, ai, ai, ai, porque na vida sempre há despedidas Não há perguntas que tenham respostas São corações sangrados de tanta tristeza E nesse jogo franco não existem apostas Dentro do quarto vai dobrando suas roupas A mala grande já não cabe quase nada A saia indiana que ela tanto usou Vai indo junto num cantinho, amassada Esse momento é cheio de incertezas A solidão ocupa seu espaço Quem vai embora pede muita sorte Ser feliz de novo num outro abraço Ai, ai, ai, ai, porque na vida sempre há despedidas Não há perguntas que tenham respostas São corações sangrados de tanta tristeza E nesse jogo franco não existem apostas E o olhar vázio já não enxerga nada em volta Faltam palavras, o que dizer bem logo agora? E de repente quem vai indo diz chorando Último beijo, eu estou indo embora Ai, ai, ai, ai, porque na vida sempre há despedidas Não há perguntas que tenham respostas São corações sangrados de tanta tristeza E nesse jogo franco não existem apostas Ai, ai, ai, ai, porque na vida sempre há despedidas Não há perguntas que tenham respostas São corações sangrados de tanta tristeza E nesse jogo franco não existem apostas E nesse jogo franco não existem apostas