Travessia

Eu remei, eu fugi e cansei, eu nem lembro aonde ir Que barca é essa? Que rio é esse? Mesmo parado, a água arrasta e lento vogo O vento sopra e eu me atento que corpos boiam a minha volta Onde é que foi que eu errei? Por que eu mereço estar no barco? Fujo! Das minhas sete culpas. Sofro! Em cada silêncio eu morro, prazer meu nome é ser humano Fujo! Das minhas sete culpas. Sofro! Em cada silêncio eu morro, prazer meu nome é ser humano Eu já destruí rios inteiros, já criei filmes pra chorar de tudo! Aponto pra todo que nasce sem culpa nesse mundo Eu já destruí rios inteiros, já criei filmes pra chorar de tudo! Aponto pra todo que nasce sem culpa nesse mundo Eu morri de ódio enfim Eu apontei a culpa onde ela passou por mim Eu julguei e até fingi, que nunca houve no mundo solidariedade Eu só corro. Eu só fujo de todo encargo, da minha culpa Eu atraí meu próprio fim, mas a preguiça tinha o nome de melancolia Fujo! Das minhas sete culpas. Sofro! Em cada silêncio eu morro, prazer meu nome é ser humano Fujo! Das minhas sete culpas. Sofro! Em cada silêncio eu morro, prazer meu nome é ser humano Eu já destruí rios inteiros, já criei filmes pra chorar de tudo! Aponto pra todo que nasce sem culpa nesse mundo Eu já destruí rios inteiros, já criei filmes pra chorar de tudo! Aponto pra todo que nasce sem culpa nesse mundo E eu vivi, sobrevivi, uma ciência redescobre, de novo e de novo Atravessar tudo de novo, atravessar tudo de novo Recomeçar a travessia de novo