Top Songs By Chek1
Credits
PERFORMING ARTISTS
Chek1
Performer
COMPOSITION & LYRICS
Bernardo Ribeiro
Songwriter
Lyrics
Episódio um: Um dia como os outros
Os três amiguinhos encontrar-se-iam no Bifes
Onde tentariam cogitar algo de diferente
Para fazerem naquela noite
Ao recordar algumas de suas aventuras
Dariam também início a um excerto
De uma história sombria com um final feliz
Nada se passa nesta nossa pequena aldeia
Observamos atentamente qualquer tipo de movimento
Queremos algo que se faça
E é pela noite que a gente anseia
Elaboramos um planeamento e aguardamos pacientemente
Aqui ninguém nos toca senão a coisa fica feia
Nenhum de nós se corta, toda a gente nos receia
(Nos receia) Burlena, Burlena
Aqui ninguém se importa de levar uma tareia
Qualquer coisa 'tamos no Bifes a pitar a nossa ceia
Ou a vaguear pelas ruas com a garrafa meio cheia
(Meio cheia) Burlena
Sentados na mesa do canto bebemos e aguardamos calados
Há algo de inquietante neste silêncio do qual vos falo
E este Zé opinou demais e viu os meus olhos arregalados
Pa' acompanhar os tremoços por pouco não comeu um estalo
Deve estar a chegar o Silva pa' acalmar estas desavenças
E pa' partilharmos a estupidez que sai da boca do Cabeças
E até nos rirmos os dois juntos, formamos os três um belo grupo
E muitas vezes eu até me entendo com o puto
Ainda no outro dia violamos os dois uma velhota a meias
Gritava que se fartava e aquele maluco
Tapou-lhe a boca com as próprias meias
E eu ria-me como um perdido que na verdade o é mesmo
Aturdido em qualquer sentido que a palavra tenha presente
É nestas coisas que o Cabeças chega a ter algo lá dentro
Por muito que às vezes pareça meio oco
Não o é totalmente
De quando em quando ele até pensa
Mas por ser tão raro é sempre surpreendente
Ele próprio se surpreende nesses momentos
Já com o Silva é diferente
É o mais velho do bando
O mais calmo, o mais prudente
O mais paciente, o mais brando
Todos dizem que antigamente
Era completamente insano
'Teve preso durante uns tempos
'Tá cá fora há menos de um ano
Desde então juntou-se a nós
E a muitas destas lindas memórias
O Bifes é o ponto de encontro
Burlena é o início da história
Ele chegou e juntou-se agora
Quando entrou descreveu o frio que 'tava lá fora
Ao balcão levantou-se um homem e foi-se embora
Nada se passa nesta nossa pequena aldeia
Observamos atentamente qualquer tipo de movimento
Queremos algo que se faça
E é pela noite que a gente anseia
Elaboramos um planeamento e aguardamos pacientemente
Aqui ninguém nos toca, senão a coisa fica feia
Nenhum de nós se corta, toda a gente nos receia
(Nos receia) Burlena, Burlena
Aqui ninguém se importa de levar uma tareia
Qualquer coisa 'tamos no Bifes a pitar a nossa ceia
Ou a vaguear pelas ruas com a garrafa meio cheia
(Meio cheia) Burlena
Escurecia agora, o café ficara subitamente vazio
Peguei no copo e saboreei aquele licor quente e macio
'Távamos sem ideias concretas a debater há horas a fio
Na verdade, com pouca vontade de sair dali por causa do frio
Admitimos primeiro a nós
Depois aos outros custosamente tal evidência
Naquele jogo de posições
Pa' facilitar a tarefa eu sugeri uma nova regra
Se é p'ra ficar eu digo o S, tu dizes o I ele diz o M
E assim foi
Recordaríamos fragmentos que jamais nos cansariam
Nas habituais sucessões chegaríamos ao ex-libris
Dos nossos feitos ao lembrarmos os dois filhos do xerife
A arder junto com o resto do lixo dentro de uns latões
Um mais um são dois, o resultado é certo
Menos dois filhinhos, nem sobraram restos
Foi só um ajuste de contas, ele sabe o que fez ao Silva
Não somos porcos como eles pa' nos meterem naquela pocilga
Só de falar em porcos já sinto o cheiro a bedum
Chama 'masé pelo Ismael e pede um bagaço pa' cada um
Enquanto esperamos que as bifanas 'tão ao lume recordemos
Brindemos à minha história, contemos um pequeno resumo
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