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Top Songs By Ana Moura
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Credits
PERFORMING ARTISTS
Ana Moura
Vocals
Angelo Freire
Guitar
Dan Lutz
Bass Guitar
Dean Parks
Guitar
Pedro Soares
Guitar
Pete Korpela
Percussion
Pete Kuzma
Piano
Larry Klein
Keyboards
Vinnie Colaiuta
Drums
Tim Palmer
Mellotron
COMPOSITION & LYRICS
Carlos Tê
Composer
PRODUCTION & ENGINEERING
Larry Klein
Producer
Tim Palmer
Mixing Engineer
Vanessa Parr
Engineer
Nicolas Essig
Assistant Recording Engineer
Matt Tuggle
Assistant Recording Engineer
Matt Dyson
Assistant Recording Engineer
Travis Kennedy
Assistant Recording Engineer
Bernie Grundman
Mastering Engineer
Lyrics
O meu amor foi pro Brasil nesse vapor
Gravou a fumo o seu adeus no azul do céu
Quando chegou ao Rio de Janeiro
Nem uma linha escreveu
Já passou um ano inteiro
Deixou promessa de carta de chamada
Nesta barriga deixou uma semente
A flor nasceu e ficou espigada
Quer saber do pai ausente
E eu não lhe sei dizer nada
Anda perdido no meio das caboclas
Mulheres que não sabem o que é pecado
Os santos delas são mais fortes do que os meus
Fazem orelhas moucas do peditório dos céus
Já deve estar por lá amarrado
Num rosário de búzios que o deixou enfeitiçado
O meu amor foi seringueiro no Pará
Foi recoveiro nos sertões do Piauí
Foi funileiro em terras do Maranhão
Alguém me disse que o viu
Num domingo a fazer pão
O meu amor já tem jeitinho brasileiro
Meteu açúcar com canela nas vogais
Já dança o forró e arrisca no pandeiro
Quem sabe um dia vem arriscar outros carnavais
Anda perdido no meio das mulatas
Já deve estar noutros braços derretido
Já sei que os santos delas são milagreiros
Dançam com alegria no batuque dos terreiros
Mas tenho esperança que um dia a saudade bata
E ele volte para os meus braços caseiros
Está em São Paulo e trabalha em telecom
Já deve ter doutor escrito num cartão
À noite samba no ó do borogodó
Esqueceu o Solidó, já não chora a ouvir Fado
Não sei o que digo, ele era tão desengonçado
Se o vir já não quero, deve estar um enjoado
Está em São Paulo e trabalha em telecom
Já deve ter doutor escrito num cartão
À noite samba no ó do borogodó
Esqueceu o Solidó, já não chora a ouvir Fado
Não sei o que digo, ele era tão desengonçado
Se o vir já não quero, deve estar um enjoado
Writer(s): Carlos Tê
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