Sou seu poeta só
Só em você descubro a poesia
Que era minha já, mas eu não via
Só eu sou seu poeta
Só eu revelo a poesia sua
E, à noite, indiscreta
Você de lua
Você de lua
Sou seu poeta só
Só em você descubro a poesia
Que era minha já, mas eu não via
Só eu sou seu poeta
Só eu revelo a poesia sua
E, à noite, indiscreta
Você de lua
Você de lua
Você
Os juramentos que nos juramos
Entrelaçados naquela cama
Seriam traídos, se lembrados hoje
Eram palavras aladas e faladas, não para ficar
Mas, encantadas, voar
Faziam parte das carícias que por lá sopramos
Brisas afrodisíacas ao pé do ouvido
Jamais contratos
Esqueçamos
Pois, dentre os atos da língua
Houve outros mais convincentes
E ardentes sobre os lençóis
E esses, em futuras noites
Em vislumbres de lembranças
Sempre nos deslumbrem
