Kulto

É tempo de transicionar Quebrar os armários É tempo de se afetar pela nova era Homens, mulheres, jovens e crianças Sete da manhã já saio de casa e todos me veem No busão gritam aquilo que tento esquecer Me apontam o que um dia não queria ter Me dizem o que sou sem antes mesmo de me apresentar Choro calada Choros transcestrais entalados na garganta do tempo Nas ruas arrastadas Jogadas Amaldiçoadas Pelas escadas escorrem meu sangue Talvez, nem dentro de casa eu exista Trançei meus cabelos Me armei pra guerra E nele guardei todos os segredos da terra Deyse pode favor segure a minha mão Minha corpa estranha pede tua unção A pedras no caminho para obstruir Me ajude a resistir Quando penso que estou linda, Engraçada estou Sorrio com meu coração cheio de pranto e dor Tá tudo tão dificil e eu continuo aqui Me sonda Me aquebranta E me usa Eu to comigo até o final